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Nossa gloriosa bandeira vermelha

Quem somos

 

Surgimos em 2012 como necessidade da reconstrução dos instrumentos indispensáveis para a libertação e construção do poder popular no Brasil, ou seja, o Partido Popular, a Frente Popular e o Exército Popular. Mas, talvez alguém se pergunte, qual a necessidade de tudo isto? A resposta é bem óbvia, porém, passa despercebida entre nós, o povo brasileiro. 
Deve-se entender primeiramente a necessidade do poder para a população pobre no Brasil, em geral os trabalhadores da cidade e do campo, e outras pessoas membros de camadas mais baixas da sociedade.
Desde a oficialização do Brasil como sendo território existente, em 1500 até os dias atuais, o povo sempre vem sendo escravizado, algumas vezes de forma aberta como foi na época do Brasil colonial até o império,  e de outras vezes ocorre de modo acobertado no caso, uma escravidão assalariada. Quem escraviza o povo brasileiro? Os senhores donos das indústrias, donos de grandes fazendas, banqueiros e todos os setores que sobrevivem sugando o suor dos trabalhadores, especialmente as empresas estrangeiras, que muito mais do que sugar o trabalho do povo, leva o lucro para o exterior e garatem que nosso país não avance por conta própria, mas seja uma semi-colônia, dependente dos recursos de estrangeiros que levam embora as riquezas do nosso povo.

MANIFESTO DA CRIAÇÃO DA ORGANIZAÇAO DOS GUARDAS VERMELHOS (2012)


 

Povo lutador:

 

Desde o momento em que o Brasil passou a ser colonizado, nosso país tornou-se palco de várias lutas, desde as lutas entre indígenas e portugueses até as atuais lutas entre proletariado e burguesia ou as lutas entre o campesinato e os latifundiários.

 

Pois bem, toda a nossa história foi banhada a sangue, assim como o presente. Muito ao contrário do que a mídia internacional mostra, o povo brasileiro não é um povo que vive feliz com a atual situação, não é um povo conformado, muito pelo contrário, é um povo que sempre lutou, todo dia é uma nova luta contra o regime burocrático-burguês que oprime o nosso povo.

 

Karl Marx nos ensina que a revolução é a parteira da história, e podemos ter total certeza disso quando folheamos qualquer livro de história (tanto faz em livros de história geral como os livros voltados à história do Brasil). Mesmo assim, nesse cenário de luta de classes, existem muitos elementos que se dizem progressistas, porém, não compreendem o antagonismo das classes, ou melhor, não compreendem a forma correta de resolvê-lo, por isso, muitas vezes as massas de operários e camponeses acabam iludidas e consequentemente decepcionadas por organizações ou pessoas que prometem resolver os problemas que afligem as massas.

 

O povo Brasileiro, desde o século XVI vem lutando pelos mais simples direitos que eram negados pela coroa portuguesa, depois pelo império e atualmente são negados pelo capitalismo burocrático.

 

Junto com as lutas históricas, surgiram as figuras históricas, líderes, ou mártires, como Zumbi dos Palmares, Tiradentes, Frei Caneca, João Sabino, Giuseppe Garibaldi, Conselheiro, Monge João Maria, sem esquecer as massas oprimidas que foram responsáveis pela eclosão dos levantes contra a opressão.

 

A luta de classes organizada pelo Partido Comunista no Brasil

 

Entre o final do século XIX e começo do século XX, surgiram as primeiras indústrias no país, e consequentemente, apareceram os operários, os proletários, que ganhavam salário insuficiente para sobreviver, além das péssimas condições de trabalho somadas com a falta de uma legislação que promovesse os mínimos direitos ao proletariado brasileiro.

 

Assim, não tardou muito para que surgissem as primeiras greves, rebeliões e organizações anarquistas e social-democratas, geralmente criadas pelos imigrantes europeus. Porém com o tempo, essas organizações mostraram a sua incapacidade de lidar com os problemas do proletariado brasileiro, além da forte repressão  por parte da polícia.

 

Em 1917, quando a revolução bolchevique triunfou, seus ecos foram ouvidos por todo o mundo, inspirando o proletariado, os camponeses e os intelectuais progressistas a formarem organizações comunistas pelo mundo afora. Com a formação da IIIª Internacional Comunista em 1919, impulsionou a formação de partidos comunistas pelo mundo afora, e não tardou muito para que a revolução comunista também triunfasse na Mongólia, em 1922.

 

Com a formação de diversos partidos comunistas, não demorou muito para que o Brasil fosse contemplado com a criação de um Partido Comunista, em março de 1922.

 

O partido formado por aqui em 1922 se chamava Partido Comunista do Brasil - Seção Brasileira da Internacional Comunista. Inicialmente o partido era legalizado, mas logo teve seu registro cassado pelo regime oligárquico.

 

A formação de um partido comunista no Brasil significou um grande salto para a construção do poder popular, e um duro golpe ao imperialismo agonizante, que sempre teve o Brasil como sua semi-colônia, fornecedora de matéria-prima e prostitutas.

 

Ainda que com alguns problemas ideológicos, o partido logo passou a ser presente nas lutas populares, organizando jornadas operárias, e antifascistas. Em 12 anos de existência o partido junto com a ANL (Aliança Nacional Libertadora) ousou em derrubar o regime fascista de Getúlio Vargas em novembro de 1935. Ainda que a revolução de 1935 não tivesse obtido êxito, foi a primeira tentativa de se estabelecer o poder popular no Brasil, ao ponto de terem levantado bandeiras vermelhas nos quartéis insurgentes, além de nomearem alguns ministros, fizeram de Natal-RN, a sede do governo provisório.

 

Depois disso seguiu-se uma forte repressão ao Partido Comunista, ao ponto de o governo ter declarado extinto o partido, porém, as idéias não se extinguem, o povo não se extingue, portanto, o partido tem a possibilidade de ser uma força invencível, e isso se mostrou claro quando em 1943 o partido foi reorganizado, e dois anos mais tarde foi legalizado.

 

Assim, o partido participou das primeiras eleições pós-Era Vargas, porém, devido à pressões do imperialismo, o partido foi posto na ilegalidade em 1948. Mesmo assim, isso não desmobilizou a luta de classes com o partido na vanguarda, assim, a partir da década de 50, o PCB foi responsável pela criação das primeiras ligas camponesas no Brasil, além da formação dos primeiros núcleos do Exército Popular, aos moldes da guerra popular prolongada, definidas pelo presidente Mao.

 

Porém, com o oportunismo kruschovista defendido por Luís Carlos Prestes, o Partido não levou a cabo a idéia da guerra popular prolongada no Brasil, ao contrário, buscou acordos com o governo, atacou a figura de Josef Stalin, desobedeceram ao estatuto do partido,  tudo isso com o objetivo de conseguir regalias do governo, como legalização, e cargos dentro do sistema.

Assim, Luís Carlos Prestes e seus capangas foram expulsos do partido em 1961. Então, a dissidênciad de Prestes formou o Partido Comunista Brasileiro, com base no revisionismo soviético de Kruschov e Brezhnev, enquanto que o Partido Comunista do Brasil manteve-se firme na defesa da figura de Stalin, nos princípios comunistas da guerra popular, e na luta contra o revisionismo aliando-se aos dois baluartes da luta anti-revisionista na época: Albânia e China.

Nem mesmo o golpe militar foi capaz de desmantelar o Partido Comunista do Brasil, que naquela altura, se fortalecia, enviando seus melhores quadros para a China, a fim de receberem educação política e militar em Shanghai, então, o partido passou a preparar a guerra popular no Brasil.

 

Quando o partido estava preparando a guerra popular e estava começando a adotar o marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsé Tung, ocorreram duas divisões no ano de 1966, uma deu origem ao Partido Comunista Revolucionário, e outra deu origem ao Partido Comunista do Brasil – Ala Vermelha.

 

Isso ocorreu devido a alguns vícios herdados do partido de Prestes, já que os camaradas nordestinos que formaram o PCR não receberam a devida atenção por parte da liderança do PCdoB. Formulando uma linha correta sobre a revolução no Brasil e tomando como ideologia o comunismo marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsé Tung, o camarada Manoel Lisboa, Amaro Luís de Carvalho e entre outros quadros destacados rompem com o PCdoB em 1966 e passam a preparar  células do Exército Popular no sertão de Pernambuco.

 

Em mais de 10 anos de atividade o PCR sempre esteve orientado sob os aportes revolucionários do presidente Mao, além de ter levado a cabo ações exitosas contra os militares fascistas. Infelizmente o camarada Manoel Lisboa de Moura, então importante liderança do PCR acabou preso e morreu sob tortura em 1973, morreu sem entregar seus camaradas, e seu trabalho continua a nos servir de inspiração.

 

Pois bem, o PCR seguiu na luta até o final da década de 70, quando se integrou ao MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro). 

 

Finalmente, em abril de 1972, o PCdoB inicia a sua heróica guerra popular no sul do Pará e norte de Goiás (região do Araguaia), sem dúvida um dos maiores atos de patriotismo da história do Brasil, contando com um frente unido, exército popular e partido comunista, obtiveram vários êxitos em combate, ao ponto de que menos de 100 guerrilheiros foram capazes de enfrentar a mobilização de 25 mil soldados do exército fascista entre 1972 e 1974.

 

Desmobilização dos Partidos Comunistas no Brasil

PCdoB:

 

O desmantelamento das Forças Guerrilheiras do Araguaia (assim se chamava o braço armado do Partido Comunista do Brasil), serviu como base para uma aguda luta de duas linhas que vinha sendo movida dentro da cúpula do Partido Comunista. De um lado estavam os camaradas Pedro Pomar e Ângelo Arroyo, que defendiam a continuação da guerra popular no Brasil, e de outro lado estava João Amazonas e seu bando, que defendiam a tomada da via eleitoreira. Com o assassinato de Pedro Pomar, Ângelo Arroyo e outros quadros revolucionários em 1976, João Amazonas começou a moldar o PCdoB até culminar na aberração social-democrata atual. Para isso, ele teve que vacilar na ideologia: primeiro negou o maoísmo e a continuação da guerra popular prolongada no Brasil, aliando-se ao hoxhaísmo, e no final dos anos 80 passou a negar o hoxhaísmo, para depois assumir uma diretriz supostamente stalinista, para depois negar Stalin e assim formar essa aberração de número 65, que é o atual PCdoB.

 

PCR:

 

Com o PCR não foi muito diferente, com a prisão e morte de seus quadros mais combativos (entre eles Manoel Lisboa, morto sob tortura em 1973, porém, mesmo sob as piores condições não abriu a boca para delatar os camaradas). No final dos anos 70, o PCR se integra ao MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro).

 

Porém, em 1995 um grupo dissidente do MR-8, utilizando o nome de Partido Comunista Revolucionário e usurpando a imagem de Manoel Lisboa aparece no cenário político. Infelizmente não se tratava do mesmo partido revolucionário que organizava células do exército popular e defendia os aportes de Mao Tsé Tung, muito pelo contrário, se mostrou um partido eclético, ora assumindo posições hoxhaístas, ora assumindo posições castristas, flertando com oportunismo eleitoreiro.

 

PCB:

 

 Quando os militares deram o golpe em 1964, Prestes declarou que os golpistas não ficariam muito tempo no poder, que logo cairiam, a sua ilusão com o kruschovismo fez com que surgissem dissidências dentro do PCB ao longo dos anos 60, e Luís Carlos Prestes finalmente se viu obrigado a exilar-se na URSS em 1969, ano em que os social-imperialistas soviéticos atacaram tropas chinesas e ameaçaram bombardear os civis. Assim era a posição “comunista” de Luís Carlos Prestes: apoio ao imperialismo russo e difamação dos revolucionários consequentes.

 

Com o processo de abrandamento da ditadura militar em 1979, Prestes retorna para o Brasil e para o seu PCB, que na época estava infestado de tendências eurocomunistas, então, lança uma  autocrítica fraca sobre as suas posições que transformaram o PCB naquela aberração. No ano seguinte Prestes e seu bando rompem com o PCB.

 

Os remanescentes do prestismo atualmente formam o PCML, que apesar de ser um partido ilegal, alimentam, ainda que de modo fraco, ilusões eleitoreiras, além de possuírem uma visão errada sobre o caráter da sociedade brasileira e de como deve ser a revolução no Brasil, tendo como base os ensinamentos do renegado Prestes.

 

A necessidade da reconstrução

 

Para que o povo possa sair vitorioso em suas lutas intermináveis contra a classe opressora, é necessário possuir organização, é necessário lutar ombro a ombro, é necessário possuir uma linha guia, quer dizer, uma teoria, de como a luta deve ser mobilizada, definir as normas de conduta, etc... Nessa luta organizada, também surge a necessidade de uma chefatura, uma liderança, um núcleo responsável pela sistematização e lançamento de diretrizes entre os combatentes.

 

Pois bem, a Organização dos Guardas Vermelhos é fruto da necessidade urgente de uma organização que possa conduzir a luta de classes no Brasil, que possa atuar em defesa dos trabalhadores, dos intelectuais progressistas e demais classes que estão em luta contra o roubo e  humilhação imperialista que o nosso país vem sofrendo.

 

As necessidades do povo, as aspirações do povo são também nossas aspirações, pois somos parte do povo, não somos uma organização apadrinhada por políticos que participam desse jogo sujo da eleição, nem somos um grupo financiado por empresas privadas nem por empresas estatais, nem somos financiados pelo governo ou pelas forças de repressão do governo. Somos apenas filhos deste povo sofrido e que vem lutando há séculos contra todo o tipo de opressão perpetrada pelas classes exploradoras, pela burguesia e pelo capital burocrático.

 

O proletariado e o campesinato brasileiro por muitos anos foram humilhados pela burguesia e pelos grandes fazendeiros, os membros da burguesia nacional por sua vez também sofrem com o capital estrangeiro que dia após dia desbanca as empresas nacionais, e sugam todo o capital nacional, nosso país, sob o comando de um governo fantoche incapaz de resolver os problemas sociais, servindo apenas em prol dos interesses estrangeiros, transformando nosso território em semi-colônia, tendo como base o fornecimento de matéria-prima e mão-de-obra barata para as multinacionais e transnacionais.

 

Por isso, devemos nos levantar, não sozinhos, porém, juntos, em sincronia contra essa vergonha que somos submetidos diariamente, por isso, deve haver uma organização, deve haver uma linha política, um estatuto e uma chefatura, apenas a luta organizada é vitoriosa.

 

Organizados, sob a luz do comunismo, do marxismo-leninismo-maoísmo, somos capazes de infligir sérios golpes aos imperialistas e aos capitalistas burocráticos. O povo guiado sob uma linha correta consegue romper todas as cadeias da opressão, consegue promover os mais incríveis atos de vingança, até culminar com a tomada do poder, como fizeram os comunistas em tempos não muito distantes, como na Rússia em 1917 e na China em 1949.

 

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